quinta-feira, 31 de março de 2011

Um ceviche por favor

Eu estava em casa, estudando, quando meu marido me telefona e diz: “Minhas férias foram adiantadas e marcadas para daqui a um mês. Para onde a gente vai?”. Ele tinha muita vontade de conhecer Machu Picchu, então a decisão foi rápida.
Achamos que quase sempre vale a pena conhecer a capital de um país, mesmo que o destino principal seja outra cidade. Por isso íamos dar uma chance a Lima, mesmo com muita gente dizendo que lá não era legal, que não era bonito, entre outras baboseiras.   
Me apaixonei pela cidade, que recebe muito bem o turista, tem excelente gastronomia e que é sim muito fotogênica. Estivemos em Lima em julho de 2008 e passamos quatro noites na capital peruana.
Ficamos hospedados no Hotel San Blas, um 3 estrelas bem básico localizado no bairro de Miraflores, mas numa área mais distante do burburinho.


Em Miraflores demos uma passada na grande loja de departamento Falabella, que eu já tinha visitado em Buenos Aires e Santiago. Nesta região estivemos também no tradicional café/restaurante Haiti e no shopping Larcomar, construído no alto de uma falésia e em frente ao Marriott’s.
Partindo do Larcomar iniciamos uma caminhada pela orla, onde pode-se pagar por um voo de parapente. A fila de turistas interessados era bem grande, mas eu não me encorajei. A paisagem ali é tão linda que não dava vontade de ir embora.
No bairro de San Isidro está o parque das oliveiras. O lugar rende muitas fotos e como eu nunca tinha visto uma oliveira de perto, simplesmente adorei! De acordo com o que um morador me contou, a renda obtida com o azeite produzido a partir das azeitonas colhidas no local serve para a manutenção do próprio parque.
No Centro Histórico, além das igrejas e museus meu destaque vai para a Plaza de Armas, cercada de edificações antigas. Ao contrário das praças aqui do Brasil, que em geral são meio “largadas”, a peruana tem policiamento e nenhum lixo no chão.
O bairro Barranco é conhecido como reduto dos boêmios, mas deixamos para ir ate lá na hora do pôr do sol. Tinha bastante gente, mas não sei como fica na hora que o pessoal se reúne para beber.    
Me chamou atenção o fato de Lima ser bastante turística. Apesar de “pegar carona” no sucesso de Cuzco e Machu Picchu, os dois destinos queridinhos do Peru, a cidade não faz feio não. Tem boa rede hoteleira, cassinos, casas de câmbio e gastronomia conhecida internacionalmente.
Anotações:  
O trânsito é bem caótico e as buzinas não param. Chega a ser engraçado.
As corridas de táxi são baratas.
O povo faz um estilo mais “na dele”, discreto e pouco expansivo, porém educado e gentil.
Lima é um bom lugar tanto para mochileiros, quanto para grupos e famílias e até para casais em lua de mel.
A orla linda e bem planejada foi meu lugar preferido em Lima.
Já estive em quatro países da América do Sul e todos me impressionaram pela boa gastronomia. Mas o Peru talvez leve a nota mais alta. Meu restaurante preferido foi a Cebicheria La Mar.
No Peru existem diversos tipos de batatas. Então, não estranhe se em cada restaurante seu purê tiver uma textura, sabor e cor diferente.
Vale uma visita ao sítio arqueológico Huaca Pucllana, que está localizado em meio a edifícios residenciais e guarda tesouros da época pré hispânica.
Fizemos os trechos Rio-Lima e Lima-Rio pela Taca Airlines.
Onde comer:
Bohemia (Cozinha internacional / Av Santa Cruz, 805, Miraflores)
Calle de Las Pizzas (Pizzas e massas / Miraflores)
Cebicheria La Mar (Comida peruana / Av La Mar, 770, Miraflores)
Haiti (Café e restaurante / Diagonal 160, Miraflores)
La Carreta (Cozinha internacional / Av Rivera Navarrete, 740, San Isidro)
La Rosa Nautica (Cozinha internacional / fica num cais no circuito de praias de Lima)