sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Milford Plaza: Evite-o enquanto a reforma não se concretiza

Em 2009 estive em Nova York pela primeira vez com meu marido. Eu estava muito feliz por comemorar nosso terceiro aniversario de casamento de casamento e a chegada dos meus 30 anos na cidade.

Foi uma viagem cuidadosamente planejada com 5 meses de antecedência. Eu não queria deixar passar nada. Comprei dois guias e pesquisei sobre os shows da Broadway, restaurantes, lojas, bairros, locais para visitar, coisas para fazer. 

O único detalhe ao qual eu não dei muita importância – e isso é coisa do passado, preciso dizer – foi a escolha do hotel. Eu dei uma olhada em alguns citados pela revista Viagem & Turismo, li algumas coisas na internet e acabei optando pelo Milford Plaza, em pleno Theater District, grudado na Times Square.

Nossa escolha se baseou no preço mega convidativo e na dica de um amigo, que tinha se hospedado lá pouco tempo antes. Como é uma pessoa com gosto e expectativas bem parecidas com as minhas, resolvi seguir seu conselho.

E deu super certo! Foi exatamente como ele falou. Um hotelzão enorme, movimentado, muito bem localizado, com quartos simples, porém limpos e totalmente dignos.

Em agosto/setembro de 2011, voltamos a NY após uma oportunidade meio repentina. Embora escolher o hotel tenha se tornado a minha parte favorita na hora de programar uma viagem, decidimos percorrer o caminho mais fácil e fazer uma reserva no Milford mesmo. Preferi dar mais atenção as hospedagens dos outros três lugares que iríamos visitar pela primeira vez nesta viagem.

Aconteceram tantas coisas bizarras na nossa estada, que contando aqui parece piada. Fiz questão de partilhar tudo no Trip Advisor e fiquei contente de receber um retorno da gerente, que em momento algum me atacou ou tentou minimizar. Ela admitiu os problemas, pediu desculpas, se justificou dizendo que as obras da mega reforma estão realmente causando contratempos e falou sobre os altos investimentos para que o Milford volte a ser o hotel bacana de antes.

E eu realmente torço para que isso aconteça, porque potencial ali é o que não falta. Os caras têm localização, tamanho e tradição nas mãos. Há muita coisa a ser feita, mas imagino que num futuro a médio ou longo prazo o Milford volte a ser uma boa opção de hospedagem.  

De qualquer maneira, não posso deixar de dar meu relato.

Preço errado
Já na chegada pedi para confirmar o valor total cobrado e constatei que estava errado. Obviamente que para mais. O pior foi a teimosia e o descaso dos recepcionistas, mesmo eu estando com minha reserva impressa nas mãos. Só conseguimos resolver depois de duas conversas com o gerente da manhã, que me pareceu comprometido e interessado.

Cadê o segurança?
O segurança que em 2009 ficava na entrada dos elevadores checando se quem ia subir era realmente hóspede já não estava mais lá. Como o hotel é gigante, com gente entrando e saindo o tempo todo, acho indispensável esse detalhe, que não é frescura mesmo!

Chuveiro com defeito
Logo no primeiro banho, o chuveiro desligou quando eu estava com minha cabeça cheia de shampoo. Meu marido e eu ‘desenvolvemos’ um jeitinho de fazer funcionar a torneira. Alguns dias depois, qual não foi meu desespero ao ligar o chuveiro e a água sair marrom. Isso mesmo, marrom! O hotel estava em obras e o encanamento, em petição de miséria creio eu.

Sem elevador
Apesar de o hotel ter 8 elevadores, meu andar tinha apenas 4, sendo que somente 2 funcionavam. Num belo dia, nenhum deles parava ali e descobrimos que estavam com defeito. Resultado: tivemos que descer pelas escadas para o andar de baixo para conseguir pegar um elevador.

Quanto capricho!
O lençol que a camareira colocou forrando a cama (não tinha colcha por cima, somente um lençol branco mesmo) estava com um furo bem no meio. Se ainda fosse num cantinho, onde a gente não pudesse ver, vá lá. Deu até vontade de pegar linha e agulha e dar fim aquele relaxamento.

A água acabou
Já quase no final da viagem, eu e meu marido chegamos tarde da noite e nos deparamos com uma cartinha no chão do quarto. Estava escrito que no dia seguinte ficaríamos sem água até um certo horário. Como assim ficar sem tomar banho? Essa foi a gota d’água. Meu marido desceu furioso, usou todo o inglês que tinha e exigiu um novo quarto, onde caísse água normalmente.