quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Feliz 2015!

Ficar refletindo sobre o ano que passou não é muito meu estilo. Especialmente porque, na minha vida, por melhor que ele tenha sido, sempre houve algo não muito legal para recordar. Então eu tento apenas me sentir grata pelas bênçãos recebidas e focar nos próximos 365 dias que estão por vir.

Mas como sou apegada a datas, acabo guardando na memória alguns dos maiores acontecimentos pelos quais passei. Um ano inesquecível para mim foi 2009, quando fiz 30 anos e ganhei de presente a sonhada viagem a NY. Pena que dias depois de voltar perdi meu pai, ainda muito jovem pra morrer, para uma batalha dura contra um câncer cruel. Além desse marcante 2009, foi o ano passado, 2013, o mais triste de toda a minha vida.

Sabe aquela coisa de achar que tal situação só acontece com os outros? Pois bem, aconteceu com a gente. Imagine o que é não apenas se sentir, mas de fato estar no time da exceção (e não da regra). E mesmo que 2014 tenha tido alguns dias bem nublados, eu juro que tentei seguir o lema de “é melhor ser alegre que ser triste...”.

Entre os motivos que trouxeram vários sorrisos para as nossas vidas estão a mudança para o novo e lindo (desculpe a falta de modéstia) apê. Também não faltaram as viagens que a gente tanto ama fazer. Finalmente conhecemos Trancoso, fomos a Belo Horizonte para assistir a um jogo da Copa e voltamos no inverno para Bariloche e Buenos Aires.

E, para fechar 2014, fizemos agora em dezembro um roteiro de 18 noites, criado especialmente pelo Dudu, que incluía Bogotá e Cartagena, na Colômbia, e Varadero e Havana, em Cuba. Não preciso nem dizer que ele voltou impressionado/intrigado com Havana e suas particularidades que nunca tínhamos visto em nenhum dos 20 países que já visitamos.

Para 2015 eu desejo

Em primeiro lugar saúde para mim e para as pessoas que eu amo
Me sentir mais próxima de Deus
Ler mais livros e ver mais filmes
Ouvir mais música
Manter meu ritmo de corridas
Perder os 2 quilos ganhos recentemente
Ver meu marido feliz
Ser mais organizada com as minhas coisas
Preparar mais receitas
Atingir objetivos profissionais
Viajar para Alemanha, Bélgica, Barbados
Ver minha mãe bem
Ver meu sobrinho nascer com saúde
Ter mais a companhia das minhas amigas
e
Receber aquele milagre (que o Senhor sabe qual é)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Buenos Aires - Onde comer

Ir para a Argentina é sinônimo de devorar parrillas, vinhos, medialunas, alfajor, flan com dulce de leche... Eu até acho nossa culinária mais rica, com enorme variedade de ingredientes e pratos típicos. Mas não dá pra negar que a comida que nossos primos hermanos fazem é boa demais!

Meu restaurante preferido de Buenos Aires era o Cabaña Las Lilas, até que um almoço no Brasserie Petanque fez minha percepção mudar. Continuo achando o Las Lilas o máximo, mas o francês de San Telmo virou meu número 1 na última ida à cidade.

Deixamos para ir ao Las Lilas no jantar. Apesar de ser meio fofo, com luz de velas, de frente para o Puerto Madero e tal, eu ainda prefiro ir durante o dia. Acho que com aquelas entradinhas todas e o bife gigante (que eu sempre largo metade para desgosto do meu marido) o restaurante combina mais com a hora do almoço.

Cabaña Las Lilas (sorry pela foto escura)


Outra dica é o Café Tortoni. Não vá esperando a melhor refeição do planeta, mas o atendimento e o ambiente são tão bacanas que um simples sanduíche agrada. Os garçons sabem que trabalham num ponto turístico e se oferecem para tirar fotos na maior boa vontade. Detalhe: Tanto o Café Tortoni quanto o Cabaña Las Lilas estão no livro 1000 Lugares para Conhecer Antes de Morrer.

Café Tortoni


Se a vontade é de comer pizzas e empanadas assadas a opção é a Pizzeria Guerrin, em plena Corrientes, perto das muitas casas de espetáculos da cidade. O lugar é simplão, frequentado por locais e de muito bom preço. A gente gostou tanto que voltou um outro dia.

Pizzeria Guerrin

Pizzeria Guerrin

Pizzeria Guerrin


Deixei o melhor para o final: o Brasserie Petanque, em San Telmo. Estivemos lá num domingo, quando o bairro fica cheio e bem animado. Saímos do Brasil com reserva feita e rapidinho arrumaram nossa mesa. Pedimos quiche lorraine com salada, boeuf bourguignon e profiteroles. Tudo bem francês e muuuuuito bom!

Brasserie Petanque (o prato não é dos mais 
bonitos, mas é bom demais)

Brasserie Petanque



PS: Tínhamos reservas para o La Cabrera e o La Brigada, que dizem ser ótimos. Mas infelizmente cancelamos por não estarem em sintonia com nossa programação. Os deslocamentos iam atrapalhar nossos roteiros. Fica pra próxima!


Brasserie Petanque: Defensa, 595  *Fazer reserva
Pizzeria Guerrin: Av Corrientes,1368
Cabaña Las Lilas: Av Alicia Moreau de Justo, 516  *Fazer reserva
Cafe Tortoni: Av de Mayo, 825

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Buenos Aires - Roteirinho de 3 noites










Eu escuto e leio muita gente desmerecendo Buenos Aires ou falando mal dos argentinos. Simpáticos ou não, acho que pelo menos eles têm educação, coisa que anda em falta em algumas cidades do meu próprio país (#prontofalei). Aquele costume de comparar BsAs com cidades da Europa me parece um tanto despropositado, mas please, menos daquele ar de “ah, pelamor, a Europa é muito melhor”, que isso é mega cafona.

A verdade é que a capital da nossa vizinha Argentina já viveu seus tempos áureos, de muita prosperidade e crescimento. Infelizmente, a fase agora é outra, o que não quer dizer que Buenos Aires tenha perdido suas qualidades.







Para começar eles são bem patriotas e orgulhosos de sua cultura, o que eu acho super bonito. Eles são os “donos” do tango e da dança mais sexy e linda do mundo na minha opinião. Eles prepararam a melhor carne bovina de que se tem notícia. E o doce de leite, claro. E também são ávidos leitores (basta dar uma olhadinha básica na quantidade de sebos e livrarias na Corrientes).

E mesmo com a economia em baixa e a favelização em alta, os inúmeros cafés portenhos mantêm um certo ar glamouroso e ainda possuem clientela fiel. Em plena segunda-feira praticamente todos pelos quais eu passava em frente tinham várias mesas ou bancos ocupados.






Depois de 8 noites em Bariloche, desembarcamos em Buenos Aires com um roteirinho para 3 noites. A gente priorizou atrações que ainda não conhecíamos como o Teatro Colón (ma-ra-vi-lho-so!!!). A visita guiada foi perfeita, com direito a uma espiada num ensaio que estava rolando para o espetáculo da noite.

Também passamos pela Livraria El Ateneo, na Avenida Santa Fé, adaptada dentro de um antigo (e deslumbrante) teatro. Onde era o palco fica um café e toda a estrutura original parece ter sido preservada. Com certeza vale a visita! Outra dica pouco badalada, mas não menos bacana é o Museo Casa Carlos Gardel, onde o artista viveu.

Estivemos no Café Tortoni para almoçar naquele salão lindo de morrer. E no domingo não resistimos às lojas de decoração de San Telmo, almoçamos na Brasserie Petanque e depois fomos tirar fotografias com a estátua da Mafalda, personagem querida do Quino.








Assistimos ao nosso terceiro show de tango, dessa vez no Piazzolla Tango, na Calle Florida, no subsolo das Galerias Pacíficos. Gostamos bastante, o teatro é super bonito!


Take a note:


Nos supermercados você pode encontrar os mais famosos vinhos argentinos a preços excelentes.

Num domingo não deixe de passar por San Telmo, que fica bem animado, com muita música, arte, antiguidade, decoração e gastronomia.

Se você gosta de ler, a Avenida Corrientes é repleta de livrarias e sebos.

Também na Corrientes há diversas lojas onde se pode adquirir CDs de tango a ótimos preços para levar para casa.

Outra loja bacana nessa mesma rua é a da Arcor, marca de chocolates, balas e doces em geral. Não acho que o chocolate deles seja maravilhoso, mas a loja é uma graça e eles oferecem bastante opção.

Dê preferência a rádio taxis chamados pelo seu hotel. É bem mais seguro contra golpes e cafajestices muito comuns à essa profissão em Buenos Aires.

Marcas de alfajor que eu acho gostosas: Havana, Negro e Jorgito. E de doce de leite: La Salamandra e Havana.

Na Calle Florida tem uma loja chamada Todo Moda, uma perdição para quem tem filhas ou sobrinhas. São dezenas de pulseiras, bolsinhas, enfeites de cabelo, artigos de papelaria, esmaltes, etc... E para as marmanjas também são muitos os acessórios, bijous, maquiagens, bolsas e até aquelas galochas plásticas bem estilosas.


sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Cerro Catedral (e outras coisitas)






Uma atração que enriquece, e muito, a viagem a Bariloche é a estação de esqui Cerro Catedral. Eu não levo tanto jeito para o esporte e sinceramente nem faço questão, mas acho que por ter sido minha terceira viagem para destino de neve deu para aproveitar um pouco mais.

Como nas vezes anteriores, eu e meu marido fizemos questão de contratar professores particulares para nos dar aulas e descer algumas pistas com a gente. Sai caro, mas é impressionante a evolução com as dicas de um expert.





Para se chegar ao Cerro Catedral, se informe com o hotel os horários e pontos exatos por onde o ônibus de linha regular passa. Para tentar evitar ir de pé (pois é, o ônibus sai lotado do centro de Bariloche) uma sugestão é chegar com antecedência ao ponto inicial, em frente à única viação que faz o transporte, na Calle Moreno.

Tenha em mente que os gastos de um dia no Cerro incluem equipamentos (esquis, bastões e botas / snowboard e botas) e o passe de acesso às pistas. Nem todo mundo faz as aulas, mas eu reitero que elas são mega importantes para quem nunca esquiou na vida ou para quem tem pouca prática.




As roupas podem ser compradas antes da viagem aqui no Brasil nas poucas lojas especializadas ou lá em Bariloche mesmo. Outra opção é alugar calças, casacos e botas nas muitas lojinhas espalhadas pela Calle Mitre e no seu entorno.

Há diversos cafés no Cerro Catedral onde se pode fazer um lanche, beber algo quentinho e descansar um pouco.


Minhas impressões:


Bariloche é um lugar muito especial. É bonito, romântico, tranquilo, tem bons hotéis, uma gastronomia ótima e diversas opções de passeio para todas as idades.

Quem gosta de esportes radicais vai amar a cidade, mas aqueles que não se animam em passar o dia sobre esquis ou uma prancha de snow vão encontrar atrações incríveis para conhecer. Ou seja, Bariloche é para todos!

Com relação a preços achei que os gastos com restaurantes estavam bem justos. Eu sei que percepção de valor varia muito de pessoa (e bolso!) para pessoa. Mas só para que se tenha uma noção, Trancoso por exemplo é bem mais caro.

A hotelaria, a meu ver, é um tanto complicada. No centro, onde eu prefiro ficar, estão situados os hotéis mais antigos. E muitas vezes as tarifas não condizem com o conforto e os serviços oferecidos. Hotéis 3 estrelas, bem simples, com diárias entre 400 e 500 reais é uma realidade recorrente na alta temporada.

Os ingressos para lugares como Museo Havana e Cerro Campanário, por exemplo, são baratos. Dá para encontrar delícias como chocolates, alfajores e patês típicos a preços em conta. Já as roupas de neve e outros acessórios para enfrentar o frio são caros (preços North Face, etc…).


Mas o que onera, e muito, os custos de uma viagem a Bariloche são os dias passados no Cerro Catedral. O ticket de acesso às pistas, o aluguel dos equipamentos e as aulas particulares com um instrutor de esqui elevam os gastos às alturas.  


OUT OF TOPIC:
Na esperança de que alguém acesse esse post e o leia até o final vou aproveitar para divulgar aqui o link de uma pesquisa (é bem pequena!!!) que estou fazendo para incluir no meu TCC da UFF. É voltada para o público mochileiro, aquele que se hospeda em hostels, que tem um budget, que passa mais tempo na estrada…
Enfim, se alguém puder ajudar eu super agradeço :)!



XOXO