quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Té Llao Llao

Llao Llao

Llao Llao visto de longe

Vista que se tem do Llao Llao

A igrejinha de San Eduardo vista do Llao Llao


 O idílico Llao Lllao Hotel é uma daquelas construções que lembram um maravilhoso cenário de filme. Além de ser uma luxuosíssima opção de hospedagem, faz as vezes de atração turística, por sua localização privilegiada e seus restaurantes abertos ao grande público.


Na primeira vez em que estivemos em Bariloche, compramos numa agência local um tour muito famoso por lá chamado Circuito Chico. Durante o passeio, a van passou pelo Llao Llao e eu fiquei encantada só de olhar de longe aquele lugar lindo, rodeado por lagos, no alto de uma colina.

Então, nessas últimas férias, assim que compramos nossas passagens para a cidade eu fiz reserva para um chá da tarde a dois no Winter Garden, um salão aconchegante onde são servidos doces, salgados e a bebida bem quentinha (ou gelada, para quem preferir).





Por um preço fixo cobrado por pessoa, o visitante desfruta de uma mesa repleta de coisinhas gostosas. As opções salgadas são poucas, uns 4 ou 5 tipos diferentes de sanduiches pequenos (atum, salmão defumado, queijo e presunto, presunto de parma). Já aqueles que preferem os doces certamente vão amar. Tem, entre várias outras sobremesas, strudel, cheesecake, bolo de limão, torta de chocolate e até mesmo os britânicos scones.

Para beber, é claro, chá. Logo na chegada o garçom entrega uma carta com vários sabores e cada um de nós escolheu um diferente. Mas, pelo que eu entendi lá na hora, quem não gosta de chás pode pedir chocolate quente. Outro detalhe bacana é que ao fim da refeição eles servem uma taça de espumante de despedida como cortesia.




Em resumo, nós dois adoramos a experiência, que já conhecíamos da Inglaterra. É um pouquinho diferente do afternoon tea inglês, mas achei até mais legal, tendo em vista o lugar de sonhos que é o Llao Llao e o encanto que é a Patagônia Argentina.

Dicas básicas:

Fizemos as reservas por e-mail e eles pediram um contato para o caso de algum imprevisto. Demos o número do nosso hotel.

Aproveitamos para ir num dia de chuva, já que não ia rolar esqui mesmo. A recepção do nosso hotel telefonou para o Llao Llao para adiantar nossa reserva em 2 dias e deu tudo certo.

Vimos várias pessoas chegando para visitar o Llao Llao e acabando convencidas a ficar para curtir o chá, mesmo estando sem reservas. Mas ainda acho mais garantido reservar uma mesa, já que o hotel fica distante do Centro!

Se não estou fazendo confusão com os números, o valor do Té Llao Llao por pessoa é de 290 pesos.

Fomos e voltamos num ônibus da viação Tres de Mayo (fica na Calle Moreno e lá compramos o cartão e embarcamos no ônibus). A passagem é mega baratinha (10 ou 15 pesos por pessoa) e o desembarque é praticamente na porta do hotel.

Se fôssemos de taxi seriam 250 pesos ida + 250 pesos volta, segundo o recepcionista do nosso hotel.

Antes de retornar ao Centro Cívico, aproveitamos que já estávamos perto e passamos pela igrejinha de San Eduardo, que é fofíssima. O ponto para esperar o ônibus de volta fica em frente a um posto de gasolina ao lado da igreja.

Pelo pouco que vi do Llao Llao por dentro, se trata de uma opção de hotelaria de luxo, mas ao mesmo tempo com a cara da região, decorado com madeiras e iluminação bem acolhedora. 

Não sei se me hospedaria por lá durante uma estadia inteira em Bariloche, pois gosto de curtir o Centro e sair para jantar. No entanto, umas 2 ou 3 noites em uma semana na cidade faria totalmente minha cabeça. E se você estiver indo de lua de mel, não tem como não curtir.  

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Bariloche - Onde comer

Tem um aspecto de qualquer viagem à Argentina que vale muito à pena e esse aspecto é a gastronomia. Especialmente para carnívoros assumidos, como o Dudu. E quando se aprecia vinhos então... É o país dos sonhos!

Esqueça toda crise, calotes (ou não calotes) e abutres, porque a parrilla argentina continua tão incrível como nos tempos de ouro do nosso vizinho latino. Até mesmo a pouca variedade de guarnições (purê de papas ou papas fritas, na maioria das vezes) é mero detalhe diante da melhor carne bovina do mundo.

Vinhos, vinhos e mais vinhos




Em Bariloche, dependendo do restaurante você vai encontrar um cardápio até bem variado, com opções que incluem iguarias tipicamente patagônicas, como trutas, carne de cervo e de javali. Há também muito fondue de queijo e pratos com hongos, o cogumelo daquela região.

Como fomos 4 (isso mesmo, QUATRO!) vezes ao restaurante de parrilla favorito do meu marido – e de uma certa forma meu também – além dos 3 dias sem almoço na estação de esqui e 1 dia sem almoço perdido numa consulta médica, temos pouca variedade de restaurantes para indicar (ou criticar rs).

De qualquer forma aí vão eles:

El Boliche de Alberto: A gente conheceu em 2006 e foi amor à primeira garfada. O churrasco é feito ali, na frente dos clientes. A gente pedia lomo (medalhão de filé mignon) ou bife de chorizo (contra-filé). Valem à pena também as empanadas fritas de jamón e queso e o flan con dulce de leche. Não sacamos n-a-d-a de vinhos, mas pedimos vários diferentes, todos made in Argentina, alguns da própria Patagônia. Fomos uma vez para o almoço e 3 para o jantar (abre às 20hs e 10 min antes já vai se formando uma fila na porta!!!).







El Boliche de Alberto Pastas: Também estivemos em 2006 e não achamos lá essas coisas. Mas resolvemos dar nova chance e foi uma surpresa. Estava lotado, servindo massas deliciosas. Amamos a lasanha.

Familia Weiss: Outro clássico que já conhecíamos e que na vez anterior tínhamos gostado muito. Este ano a comida estava bem mediana (truta defumada de entrada, espetinho de lomo e nhoque com molho de hongos) e o preço é mais salgado do que os 2 acima. Mas ainda assim valeu, pela beleza do salão e pela localização, de frente para o Lago Nahuel Huapi.

Linguini: Fica na movimentada Calle Mitre. É um simpático restaurante italiano, com bom atendimento. A massa em si não era ruim, mas eles colocam tão pouco molho em cima que fica meio seco. Não recomendo!

La Marmite: Outro favorito da brasileirada que lota as ruas (e lojas, e hotéis, e atrações turísticas...) da cidade. Também na Calle Mitre, fica numa casinha românica e aconchegante. Acho que 90% dos clientes estavam comendo fondue de queijo. Como a gente não gosta, pedimos truta com purê e carne de cordeiro. Ambos de sabor médio. Então, se você é fã de fondue, acho que vale, pois é o carro-chefe deles. Os demais pratos não estavam tão bons e mais caros que o esperado.



La Esquina: É uma boa opção para um almoço mais rápido ou um café/lanche à tarde. Como o nome entrega, fica numa esquina pertinho do Centro Cívico e da Mitre. É uma linda casa de madeira em que estivemos em 2006 e novamente agora. Comemos sanduíches, mas há pizzas, sopas, pratos com carne, etc. Preço camarada.



Milka: É uma lanchonete no Cerro Catedral, tem uma vaca estilizada dos chocolates Milka em frente. Vende combos muitos gostosos de cachorro-quente (super pancho) com refri e batata frita. Tem waffles, hambúrgueres, pizzas e um chocolate quente bem espesso e escuro que é tudo de bom.

Winter Garden Llao Llao Hotel: Depois vou fazer um post mais detalhado sobre ele, mas já adianto aqui que adoramos a experiência do chá da tarde, meio britânica, meio patagônica.



Cervecería Manush: Cervejaria artesanal super elogiada no Trip Advisor. Fica em frente ao nosso hotel e deixamos para ir lá em na última noite. Como era sábado, estava lotada, sem previsão de vagar uma mesa. Ficamos no balcão mesmo e pedimos cervejas super diferentes (destaque para a Honey Beer), experimentamos e fomos embora para conseguir jantar em algum lugar. É bem badaladinho, com gente bonita.

Cerveceria Antares: Outra cervejaria artesanal da cidade. Também lotada e assim como a Manush, um tanto fora do circuito turístico quando comparada aos demais restaurantes que eu citei. Tem bastante argentino, morador de Bariloche, vestido como quem acaba de sair do trabalho. O ambiente é bacana e as bebidas e a pizza bem gostosas.


As lojas de chocolates e de outras coisinhas mais:





Acho que todo mundo sabe que Bariloche leva ao céu os adoradores do chocolate. Tem barras, bombons com frutas, alfajores, tudo feito de maneira  mais artesanal. Em algumas lojas os doces são preparados na frente no cliente.

Mas nem só de chocolate vive o comércio gastronômico de Bariloche. Artesanatos e lembrancinhas dividem as prateleiras com vidros de geleias de frutas locais, compotas de doces de frutas, patês patagônicos, conservas, chás, chimichurri, doces de leite.

Sem exagero nenhum eu admito aqui que trouxe na mala mais de 10 vidrinhos e potinhos dessas coisas todas. Isso sem falar no que eu comprei para a família. Ainda não dei conta de experimentar tudo, mas o campeão até agora foi o chá preto com frutas vermelhas.

As lojas mais lindas na minha opinião são a Mamuschka e Rapa Nui. O melhor chocolate é o da Mamuschka. Na Del Turista vale experimentar as balas de frutas, ou bombones de frutas como eles chamam.

A Familia Weiss comercializa nas lojas e mercados da cidade seus diversos produtos defumados (truta, salmão, javali, queijos, cervo, chutney, conserva, patês). Há embalagens ótimas para quem está em hotel e quer levar para o quarto, com uma provinha de cada coisa. Bem legal!