Continuando com nossa passagem pela Cidade do México, depois de visitar as
espetaculares Pirâmides de Teotihuacan,
faltava outra atração super top que não podia ficar de fora: o Zócalo (o Centro Histórico da cidade).
Dia 4:
Zócalo
Pegamos os metrô na Zona Rosa e descemos na Estação Zócalo. A grande Plaza de La Constituición abriga a
neoclássica Catedral Metropolitana,
uma das mais importantes e antigas do continente. Uma coisa que eu notei em
todas as igrejas que eu fui no México é que na imagem de Jesus Crucificado ele usa uma veste bem mais comprida do que a
gente costuma ver (uma espécie de saia quase no joelho) e também bem colorida
(em cada igreja de uma cor).
Depois seguimos para o Templo Mayor - Museo y Zona Arqueologica, um dos mais importantes
templos astecas em sua capital Tenochtitlan, hoje Cidade do México. Além de
poder ver com os próprios olhos tudo o que havia por baixo do trabalho de
escavação, o museu relembra em fotos os trabalhos conduzidos pelos arqueólogos.
Muito bacana. Muito mesmo!
De lá fomos para o Palácio Nacional, sede do Poder Executivo e outro ponto de
interesse no Zócalo. É grandioso por
fora, conta com fonte no centro do pátio e um jardim bem cuidado. Mas meu
destaque vai para os lindíssimos murais
de Diego Rivera.
Almoço: Escolhemos o restaurante El Cardenal, que figura entre os primeiros lugares no Trip Advisor.
Serve comida mexicana típica (não americanizada, por favor!!!). Bem
tradicional, preço médio, na Calle Palma, 23, pertinho do Zócalo.
Plaza
Garibaldi e Museo Del Tequila y El Mezcal
Depois de almoçar pegamos um Trici Taxi (taxi em formato de triciclo, com capacidade para o
motorista e mais dois) e partimos rumo à Plaza
Garibaldi, onde se concentram os mariachis.
Como era cedo, não havia quase nenhum na praça, que me chamou a atenção por ser
enfeitada com pés de algave azul, a
tal planta usada para fazer a tequila.
Na própria Plaza
Garibaldi fica o Museo Del Tequila y
El Mezcal, um pequeno edifício onde se podem conhecer milhares de rótulos das duas bebidas mais famosas do país. Depois
de explorar o museu, uma pequena degustação
de tequila e mezcal acontece na cobertura no prédio. Antes de ir embora,
paramos na lojinha e compramos algumas garrafas para levar para casa.
Mercado
Insurgentes
Antes de voltamos para o hotel passamos pelo Mercado Insurgente, também na Zona
Rosa, e muito famoso pelas joias em
prata. Tentei comprar algumas peças, porque eu gosto muito de prata, mas
uma coisa que me chateou bastante lá é que os acessórios não têm preço marcado,
logo eles olham para a nossa cara e cobram o valor baseado em nada. E era
sempre tudo bem caro, pulseiras por cerca de 100 dólares, vendidas em
barraquinhas. Tenha dó! No Peru comprei três joias lindas, vendidas em
joalheria, por muito menos.
Acabei comprando apenas souvenirs e nos mandamos.
Arena
Mexico
À noite era hora de conferir a tal luta livre mexicana, espetáculo parte
da cultura nacional com atletas mascarados e bem coloridos. Chegamos cedo, e a
emblemática Arena México foi
enchendo aos poucos de turistas e principalmente de muitos locais, fãs histéricos
da modalidade. Atenção: eles não permitem entrar com máquina fotográfica. Confiscam
logo no portão, guardam com eles e devolvem na saída. Celular é liberado.
Acho esse um programa imperdível para quem vai ao
México. No meu top 5.
Jantar: Depois de um dia cheio e corrido, escolhemos um
restaurante italiano, de rede, super bonitinho e com comida gostosa, chamado Italiannis, na Zona Rosa.
Dia 5 (a
despedida)
Museo Nacional
de Antropologia
Em nosso último dia, tínhamos reservado a manhã para
conhecer o Museo Nacional de
Antropologia, o mais importante do país e um dos mais conhecidos no mundo.
Para quem gosta de arte e história, é parada obrigatória. Fica no Bosque de Chapultepec.
Bairro
Polanco
Saindo do museu fomos caminhando para o bairro Polanco, o mais chique da Cidade do México. Por ali estão os
edifícios, casas e hotéis mais elegantes, jardins espalhados entre as ruas,
restaurantes e lojas de grife. Eu que amo fazer bolo e doces fiquei encantada
com a loja da KitchenAid. Queria
trazer uma batedeira daquela pra casa, mas a falta de $$ e o tamanho da caixa
me impediram.
Almoço
Após a visita a Polanco,
pegamos um taxi em direção à Condesa
para almoçarmos no Azul Condesa
(Nuevo Leon, 68). Esse foi nosso restaurante preferido na cidade, portanto,
anote a dica!
Também serve o melhor da cozinha tradicional
mexicana, com várias opções de sopas, entradas e carnes. Imperdível! Preço
médio.
Bairro
Condessa
Após o almoço decidimos passear pelo bairro Condesa,
que é considerado o mais badalado, com bares e gente bonita. Como fomos durante
o dia, não senti muito essa vibe. Mas realmente há diversos lugares legais para
tomar um drink e comer alguma coisa.
Bairro
Roma
Já estávamos cansados de andar, mas antes de irmos
para o hotel decidimos conhecer o bairro Roma, ali grudadinho em Condesa. O
local é simpático e gostei principalmente da El Palacio de Hierro. A loja é linda e elegante. Gostei bastante da
seção gourmet e trouxe para casa diversos temperos made in México.
Show de
Mariachis
Tinha um restaurante na Zona Rosa que apresentava show de mariachis. Espiamos de fora uma noite e os caras realmente mandavam
muito bem. Mas o restaurante em si era enorme e meio decadente, um pouco vazio,
e acabamos desistindo de entrar.
Na nossa última noite na cidade a gente programou
uma ida à Plaza Garibaldi para ver
os artistas nem que fosse na rua mesmo. A praça fica pouco iluminada, alguns
tocavam e cantavam para os turistas que pediam música, mas havia muitos deles
encostados nos cantos esperando alguém se aproximar.
Estava rolando um show no Museu da Tequila, na mesma praça. Ficamos ali por cerca de uma hora
apreciando um show super autêntico, com público basicamente mexicano, na faixa
dos 60 anos de idade. Tomei minha marguerita de fresa e assim fechamos nossos dias na incrível Cidade do México.
Onde
ficar:
Room Mate
Valentina – hotel da rede espanhola
Room Mate com unidades em Barcelona, Madri, Nova York... É simples, moderninho
e gay friendly, numa área – Zona Rosa – bastante frequentada pelo público GLS.
Conseguimos diárias a 71 dólares para o casal, com café da manhã incluído. Fica
a poucas quadras da estação de metrô (virando para a direita) e pertíssimo do
Paseo de La Reforma (virando para a esquerda). Se estiver com preço bom eu
indico.
Minhas
impressões:
Pelo que ando lendo nos blogs, já percebi que os
brasileiros estão indo bem mais à Cidade do México, mas ainda assim acho que a
estada da maioria no país se resume às praias da Riviera Maia, em especial
Cancun.
Realmente o mar do Caribe tem seus encantos, mas
quem curte história, tradição, cultura, música e gastronomia não pode deixar de
fora do roteiro essa cidade gigante e fantástica.