domingo, 11 de janeiro de 2015

Informações básicas para quem está planejando viajar à Colômbia







A Colômbia não era um lugar que fazia meus olhos brilharem, vou logo admitindo. E nem tinha nada a ver com a fama de violenta, com o histórico do narcotráfico ou com o horror da Farc. Simplesmente não rolava aquela vontade toda de viajar até lá, como acontecia (e ainda acontece) com alguns destinos no Chile e na Argentina.
Mas daí eu lembrava das férias no Peru, país que não ficava no comecinho da minha lista de desejos, mas que depois de pisar nele não queria mais ir embora. Em resumo, eu embarquei por insistência do meu marido para aquela que se tornou a melhor viagem da minha vida.
Voltando à Colômbia… A gente já estava há uns 2 anos dando uma olhada nos preços das passagens e dos hotéis e deu para notar que a Colômbia não é um país barato. Achamos o México, por exemplo, bem mais em conta, apesar de ser mais longe.
Ano passado, a gente já tinha viajado pelo Brasil (Trancoso e BH). E ficar só indo para os EUA não é a nossa. Já a Europa estava fora de cogitação pelo euro nada amigo e a Ásia (nossa primeira opção) se tornou impossível pelas tarifas dos tickets aéreos – multiplique o valor por 2 e confirme o que estou dizendo. Decidimos então ir para Bogotá e Cartagena antes de seguirmos para Cuba.



Passagens aéreas: voamos de Avianca (Rio-Bogotá/Bogotá-Rio) e de milhas com a LAN (Bogotá-Cartagena/Cartagena-Bogotá). Deu tudo certo com as duas cias, nada a reclamar! E conseguir utilizar pontos nos trechos internos foi muito bom e relativamente fácil. Rolou uma economia de cerca de 1.600 reais.
Hotel: queria ficar na Zona Rosa, mas acabei reservando o Ibis Museo, no Centro Internacional. Como extrapolei o orçamento no hotel de Cartagena, tive que compensar em Bogotá. A localização é boa considerando que fica localizado no meio do caminho entre o Centro Histórico (museus, igrejas, praças, etc) e os bairros das lojas, restaurantes e outras atrações.  
Segurança: achamos Bogotá bem segura. Há muitos policiais e oficiais do Exército nas ruas, pontos turísticos, nas entradas dos trens. No aeroporto há cachorros circulando entre as pessoas e cheirando as malas nas esteiras. No atendimento ao cliente recebi meu mapa da funcionária que marcou nele as áreas por onde não devíamos perambular.
Clima: nos 4 dias na cidade o céu ficou cinza quase todos os dias. Apesar de ser dezembro e logicamente verão no hemisfério sul, a temperatura ficava em torno de 18 graus. Outro detalhe é a altitude elevada da cidade, que deixou a gente um pouco cansado no primeiro dia, mas depois nos acostumamos.

Moeda: peso colombiano (COP). Trocamos no aeroporto e em casas de câmbio pela cidade. Não ande sem COPs, pois muitos estabelecimentos não aceitam dólares Americanos e a oferta de casas de câmbio não é tão grande assim.
A cidade: Bogotá não foi minha capital favorita da América Latina (Lima e Cidade do México ainda dominam meu coração), mas de toda forma foram bem legais nossos dias por lá. Tem excelentes museus, restaurantes, todas aquelas lojas que as brasileiras adoram e a arquitetura bem própria, com edifícios baixos de tijolinhos.  
Acessibilidade: se tem uma coisa que eu sempre reparo quando chego num lugar novo é se ele é acessível aos que possuem necessidades especiais. E em Bogotá fiquei bem decepcionada ao perceber a falta de rampas, as calçadas estreitas e MUITO esburacadas, com obstáculos de todos os tipos para dificultar a vida de cadeirantes e cegos, por exemplo. So sad…
Limpeza: em La Candelária (onde está o Centro Histórico) eu notei muito lixo nas ruas e praças bem sujas, parecidas com as daqui do Brasil, o que não é a regra geral nos países sulamericanos, diga-se de passagem.  Já a Zona Rosa (e seu miolinho, a Zona T) e Usaquen são limpíssimas e lindonas.
Preços: os altos valores cobrados pelos hotéis e tickets aéreos podem ser compensados na hora de usufruir Bogotá em si. Entrei gratuitamente no Museo Botero, no Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez, Casa da Moneda e no incrível Museo Del Oro (domingo é grátis!). Outra atração bacana, o mercado de Usaquén, é aberto ao público. Ah! Os restaurantes e eventuais comprinhas estavam bem em conta (considerando um bolso de classe média como o meu rsrs).  


Compras: Bogotá conta com lojas como Coach, Forever 21, Bershka, Pull and Bear, Victoria´s Secret, Swatch, Carolina Herrera. O Andino Centro Comercial e o El Retiro Shopping Center ficam praticamente em frente um ao outro. São locais bacanas pra compras, mas muitas das lojas estão no seu entorno. Em toda a cidade há enorme oferta das famosas esmeraldas colombianas e no centro (perto do Museo Del Oro) há 2 ótimas galerias de artesanatos e produtos de café.
Transporte: Utilizamos taxi em 90% das vezes. É barato em comparação com o Brasil e eles não são malandros como os taxistas argentinos. Para irmos à Catedral de Sal, numa cidadezinha fora de Bogotá, utilizamos o Transmilênio e um outro ônibus de viagem, com ar condicionado. 
Visto e documentos: A Colombia não exige visto para brasileiros. Na chegada o oficial de imigração me perguntou sobre o número de dias no país e em que hotel estaríamos hospedados. Carteiras de identidade (pelo que sei com menos de 10 anos e não pode ser de motorista – CNH!!!) são permitidas a nós brasileiros, além dos passaportes, é claro.